sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mapa dos Conflitos Ambientais em Minas Gerais


Um mapa é uma ferramenta muito útil, permite que nos localizemos no espaço em um determinado tempo já que tudo no nosso meio é passível de transformação. Existem vários tipos de cartografias, mas uma que eu acho uma ferramenta muito interessante é a cartografia participativa, ou seja, as próprias pessoas e atores de algum lugar desenham um mapa, utilizando outros instrumentos como os símbolos e suas representações. Esse tipo de mapeamento é importante porque retrata a realidade vivida por determinado povo, a realidade mediada. Quem melhor do que uma tribo indígena para fazer o mapa da floresta onde vivem?

Os conflitos ambientais se relacionam com um outro estudo que é o da Justiça Ambiental, e é bastante contraditório, pois quando se pensa em justiça o que mais aparece é a falta da mesma. Dessa forma a Justiça Ambiental estuda como parcelas desfavorecidas da população arcam com danos muito maiores do meio ambiente. São as pessoas pobres que vão morar em áreas de ocupação de riscos como beiras de lixões e encostas íngremes; que são desalojadas de suas casas para a construção de maga-estruturas como Usinas Hidrelétricas e até mesmo Nucleares; que são expulsas do centro das cidades devido a algum evento como a Copa do Mundo. Além disso, os conflitos ambientais se relacionam com venda da natureza para o grande capital, a transformação de cachoeiras e rios em água de irrigação para infinitas monoculturas, a destruição de montanhas para extração de minérios.

O Mapa dos Conflitos Ambientais é uma ferramenta para conhecermos e visualizarmos o que acontece em MG. É uma forma de entendermos que por mais localizáveis que sejam os problemas e conflitos eles não são fatos isolados e sim resultados de um modelo de reprodução intenso que não se preocupa com o bem estar das pessoas e nem do meio ambiente.

É a esta força que mantém sempre a opinião justa e legítima sobre o que é necessário temer e não temer, que chamo e defino coragem”. (Platão)

Aí vai o site para quem quiser conhecer um pouquinho mais:

http://conflitosambientaismg.lcc.ufmg.br/

Um comentário:

  1. A realização da Conferência da Nações Unidas sobre Meio Ambiente no Rio de Janeiro em 1992 tenha tido um grande impacto não apenas sobre o movimento ambientalista, mas, também sobre a produção intelectual nesta área. De fato, após a Rio-92 houve uma explosão do mercado editorial e muitos especialistas de diversos campos das ciências naturais e sociais começaram a mudar o foco de seus estudos na direção da problemática ambiental, atraídos tanto pela maior facilidade de financiamento para pesquisas como pela grande visibilidade do tema na opinião pública e nos meios de comunicação

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