quarta-feira, 27 de abril de 2011

O velho medo de coisas novas


O aprendizado de biologia necessita de paciência e perseverança para que a informação seja fixada em nossas memórias. Através de pesquisas neurocientíficas, de psicologia do conhecimento, entre outras, podemos desconsiderar completamente essa primeira afirmativa.  O site do MEC (http://portal.mec.gov.br) apresenta várias novidades e ferramentas para todos aqueles envolvidos com o processo de educação. Lembrando que a educação não se encerra somente no ambiente escolar, mas sim é algo cotidiano e natural na sociedade humana. Neste portal, há diversos conteúdos voltados para o educador e para o educando, de diferentes níveis de escolaridade, apresentando também ferramentas didáticas, notícias, entretenimento e informações sobre eventos relacionados à educação. No portal, encontram-se também os PCNs, que são propostas curriculares com idéias sofisticadas sobre o aprendizado nas escolas.
Estas propostas visam uma educação em que o objetivo não mais se concentra em treinar indivíduos que tenham a capacidade de lembrar esquemas e conceitos na hora das provas do vestibular, e sim cidadãos que usem do conhecimento da educação básica para agir, em seu meio social, do nível micro ao macro, a fim de promover transformações positivas. São essas as transformações que sempre acreditamos ser urgentes e que sempre confiamos em um salvador que a promete, seja com a euforia ou com o discurso convincente de lideres, seja lá de qual área ele esteja.
No conteúdo de ciências, a visão que o PCN traz é que o conteúdo deixa de ser fragmentado (como até hoje se experimenta nas diversas universidades de qualidade do Brasil) e passa a se comunicar com os outros de diversas áreas. O aprendizado serve para que o cidadão comum, e não somente os cientistas tenham informação suficiente sobre os produtos da ciência e suas tecnologias para poderem decidir, quando preciso, se são ou não bem vindos ao nosso cotidiano. Por exemplo, quando se fala de engenharia genética e células-tronco na mídia, dificilmente essa temática estará separada das relações que elas possuem com o social, e até mesmo com o religioso. E, como se pode decidir sobre a clonagem humana se a informação que se tem acesso é mais fantasiosa do que científica? A proposta de formar cidadãos objetiva atuação deles de acordo com essas demandas, mais presentes no nosso cotidiano.
Sendo o PCN uma proposta não obrigatória, eu como professor o seguiria no que diz respeito à transdisciplinaridade.  No entanto, não seguiria a recomendação de que nos primeiros anos do ensino médio a matéria deva ser vista de uma forma geral, e toda (o conteúdo possui um fim?). O conteúdo de biologia por estar presente na mídia, diariamente,
Mas, o PCN, como uma proposta que inovadora, ainda é rejeitada por muitos professores. Seja por desconhecimento, ou por falta de motivações, ou outros fatores. O ensino hoje se concentra ainda no educando decorar conteúdos que não se relacionam a nenhum contexto de sua realidade. Apesar de muitos pontos positivos, o PCN ainda deixa a desejar, por exemplo, de propor uma educação baseada na transdisciplinaridade e ainda, separar os conteúdos como matérias (química, física, biologia...). Mas é um guia válido carregado de fatores positivos. Considerando que metade dos professores tivesse a preocupação de colocar em prática muito do que há neste documento, acredito que o ensino sofreria uma transformação satisfatória. Para isso, é necessário também que o professor tenha em si questões filosóficas, políticas e uma visão de um processo educacional funcional, sendo também um profissional reflexivo e autônomo. Mas, este é um assunto mais extenso...

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