terça-feira, 31 de maio de 2011

Educação e poesia


Estímulos para a criatividade, para a reflexão e transformção da realidade são importantes para a formação do sujeito humano apto a enfrentar dificuldades no cotidiano.Tenho pra mim que nada melhor do que a arte para que esses estímulos realmente aconteçam dentro ou fora da sala de aula.

Com intuito de fazer encontrar a ciência com a arte , a poesia se faz uma excelente forma de mediar essa aproximação pois ambas se esbarram numa busca comum imaginativa, mesmo sendo ligadas a domínios diferentes de conhecimento e valores.

Acho que a prática de leitura de poesia, principalmente em sala de aula, está um pouco esquecida (não me lembro de ter tido este contato com poesia na minha formação). Seria interessante ativar essa prática em alguns momentos, que forneceria horas de descontração e exercitaria a oralidade, imaginação, critividade e reflexão a respeito de coisas da vida.

O professor poderia trabalhar com uma poesia, por exemplo recitando-a ou fazendo com que os educandos ou fizessem uma leitura individual ou em conjunto (depende da turma) e depois poderia se levantar questões relacionadas a aspectos do poema. Abordar algum tema de interesse encontrado dentro da poesia, correlacionando-os com sensaçães diferentes despertadas nos educandos, fazendo a criação um espaço bem descontraído que pode ser conduzido da maneira que o educador achar apropriado.

No caso da biologia que aglomera vários fenomenos da vida, poesias podem ser exploradas de várias formas trazendo todos esses fenomenos em forma de arte para a sala de aula instigando os educandos a questionarem e relacionarem sensaçoes e realidades.


uma poesia...

Biologia alienada

Nesta amplitude da vida
Loucura vive como enigma
Vinólia , rosa, alma doída
A levar a um buraco feito estigma

Rindo até parece não ter nêurula
Ou que nunca calculou uma hipotenusa
Vida mórbida sentido de medusa
Deixe-me ser sua esplancnoplêura?

Não se esconda como uma pelicypoda
Não se enterre como uma anfiblástula
Não se degenere como uma antípoda
Acabe com minha fome de gástrula

Não me sugue com suas ventosas
Seja mais que uma aqueta
Liberte-se da sua tristeza
Tenha notocorda.

Álvaro Sales
14/03/2010

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